-
Como os CEOs estão usando a IA de geração para planejamento estratégico

Em recente artigo publicado na Harvard Business Review, Graham Kenny, Marek Kowalkiewicz e Kim Oosthuizen exploram como CEOs estão utilizando a Inteligência Artificial Generativa (IA Gen) para otimizar o planejamento estratégico.
A IA Gen tem o potencial de transformar esse processo, ajudando líderes a visualizar cenários futuros, identificar padrões de comportamento e gerar novas ideias que talvez não fossem consideradas por métodos tradicionais.
CEOs a utilizam para simulações de mercado, previsão de tendências e análise de grandes volumes de dados, ampliando a capacidade de pensamento divergente e identificando oportunidades não óbvias.
Os autores também destacam as limitações da IA Gen. Ela depende da qualidade e abrangência dos dados com os quais é alimentada, sendo essencialmente retrospectiva.
A IA pode falhar em capturar nuances contextuais e subjetivas que os líderes humanos conseguem interpretar. Por isso, a IA deve ser vista como um complemento ao planejamento estratégico, não um substituto para o julgamento e a intuição humana.
Recomendação:
Gestores devem reconhecer o valor da IA Gen para aprimorar processos estratégicos, ampliando a visão de futuro com análises poderosas. Contudo, é fundamental equilibrar o uso da IA com o discernimento humano, mantendo o fator humano como peça central na definição de estratégias de longo prazo.
Para ler o artigo completo clique no link abaixo.
Link para Artigo:
How CEOs Are Using Gen AI for Strategic Planning.
by Graham Kenny, Marek Kowalkiewicz, and Kim Oosthuizen -
Reflexões de Meio de Carreira: Perguntas que Realmente Importam

O meio da carreira é um ponto de inflexão. Estamos longe do início, com uma bagagem considerável de experiências e realizações, mas ainda há um horizonte significativo pela frente. Nesse momento, muitos de nós se deparam com questionamentos que, mais do que definir nossa trajetória profissional, tocam na questão de quem somos e no impacto que desejamos ter.
Recentemente, um artigo da Harvard Business Review trouxe à tona seis perguntas fundamentais para quem se encontra nesse estágio. Escrito por Rebecca Knight, o artigo aborda como as pressões, as realizações e as decepções da meia-idade podem ser um terreno fértil para o crescimento pessoal e profissional. Knight sugere que este é um momento não apenas de introspecção, mas de “curadoria” da próxima fase da vida, um conceito que pode representar uma abertura em um mundo de escolhas infinitas e demandas conflitantes.
Além das Conquistas: O Valor da Contribuição
Knight destaca que o início da vida é marcado pela acumulação: de experiências, conexões e itens que compõem o currículo. Já o meio da carreira convida ao “editar”, um processo de discernimento sobre o que realmente importa. Chip Conley, fundador da Modern Elder Academy, resume bem essa fase ao afirmar que o objetivo agora é focar no essencial e deixar para trás o supérfluo. Esse “editing” pode parecer um desafio, especialmente em meio às responsabilidades do trabalho e da vida pessoal, mas Conley defende que essa reavaliação é essencial para uma trajetória mais significativa.
Reavaliando o Sucesso: As Perguntas que nos Movem
Uma das questões centrais apresentadas por Knight é: “O que vou me arrepender de não ter feito ou aprendido nos próximos 10 anos?” Conley sugere que o arrependimento, longe de ser um sentimento negativo, pode servir como um guia poderoso. Imaginar o futuro e considerar o que poderia ter sido é um exercício que nos permite ajustar o curso agora, tomando decisões que priorizam o longo prazo em vez da gratificação imediata. Essa abordagem subverte a noção tradicional de sucesso, que frequentemente se concentra em conquistas tangíveis, e propõe uma visão mais integrada entre vida pessoal e profissional.
Outra pergunta provocativa é: “Como posso acessar meu propósito?” Knight aponta que, no início da carreira, muitos de nós são moldados por pressões externas, sejam familiares, sociais ou culturais.
Na meia-idade, há uma oportunidade rara de reavaliar esses caminhos e focar no que realmente ressoa com nossas aspirações mais íntimas.
Conley e outros especialistas citados no artigo incentivam a identificar atividades que já trouxeram satisfação no passado e considerar como essas podem ser reintegradas na vida presente, criando uma ponte entre o que somos e o que poderíamos ser.
Explorando o Legado Pessoal
Knight também nos convida a refletir sobre as habilidades e o conhecimento acumulado ao longo da carreira e como eles podem ser colocados a serviço de algo maior. Esse tipo de reflexão é crucial para quem está em busca de um sentido mais profundo no trabalho, indo além da mera função ocupacional.
Outra questão importante é: “O que eu quero que meus dias pareçam?” Em vez de visões grandiosas sobre o futuro, Knight sugere focar nos detalhes do cotidiano: como passamos nosso tempo, com quem interagimos e o que fazemos além do trabalho. Essa perspectiva nos ajuda a ajustar nossas ambições de modo a estarem em sintonia com as realidades práticas e emocionais da vida.
Caminhos a Escolher e Renúncias a Fazer
Finalmente, o artigo toca em um ponto que muitos evitam: os trade-offs inevitáveis que fazemos. Knight e Ebony Joyce, fundadora da Next Level Career Services, enfatizam que é preciso reconhecer que nossas escolhas foram moldadas pelas prioridades do momento, e que essas prioridades mudam.
A capacidade de ajustar os sacrifícios que estamos dispostos a fazer — e aqueles que não mais aceitamos — é fundamental para alinhar nossa vida atual com o que realmente importa.
E Agora?
O meio da carreira é um convite para ir além do automático e assumir um papel mais ativo em nossa jornada. Ao responder a essas perguntas, somos levados a repensar não apenas o que fazemos, mas como queremos viver. Para quem está nessa fase, o artigo da HBR é um lembrete poderoso de que o meio da carreira não é o fim, mas um ponto estratégico para redesenhar o futuro com clareza e propósito.
P.S:
Modern Elder Academy é uma instituição pioneira em oferecer um espaço dedicado ao desenvolvimento pessoal e profissional para indivíduos que estão na fase intermediária ou mais avançada da vida. Ela foca no conceito de “editar” a vida e focar no que realmente importa, transformando a experiência acumulada em liderança e contribuição.
Next Level Career Services é uma empresa de consultoria e coaching de carreira especializada em ajudar profissionais, especialmente aqueles em nível intermediário de suas carreiras, a navegar transições profissionais, desenvolver habilidades de liderança e alcançar seus objetivos de carreira.
-
O Ego Inflado: Um Inimigo Silencioso da Boa Liderança

Lendo o artigo “Ego Is the Enemy of Good Leadership“, de Rasmus Hougaard e Jacqueline Carter, fiquei refletindo sobre como o ego, quando descontrolado, pode minar a eficácia de um líder.
A liderança deve ser guiada pela autêntica busca por crescimento coletivo, empatia e coragem para enfrentar os desafios.
No entanto, à medida que os líderes sobem na hierarquia, também sobem os riscos de se verem isolados em uma bolha de poder e privilégios, afastando-se do que realmente importa: as pessoas.
O artigo destaca que um ego inflado pode distorcer nossos valores, nos tornar mais suscetíveis à manipulação e enfraquecer nossa capacidade de aprender com os erros.
Em um mundo onde a mudança é constante, manter os pés no chão é base para não perdermos a conexão com as pessoas que estão ao nosso redor e a visão clara das necessidades reais da organização e dos espaços em que atuamos.
Minha reflexão é que, como líderes, precisamos constantemente nos desafiar a questionar quais privilégios realmente nos servem e quais apenas alimentam nosso ego.
A humildade e a gratidão devem ser práticas diárias, não apenas palavras. A liderança eficaz não é um troféu, mas um modo de estar a serviço, continuamente, onde o sentido de realização é medido pelo impacto positivo que deixamos nas vidas que tocamos e nos contextos em que atuamos.
Em tempos em que o ego e a vaidade muitas vezes se infiltram nas decisões mais críticas, o caminho é, paradoxalmente, um retorno à simplicidade:
Ouvir mais, reconhecer as contribuições dos outros e nunca esquecer que a grandeza de um líder se mede não pelo poder que ele acumula, mas pelo valor que ele cria para os outros e para o mundo.
-
Inteligência Emocional
Um Olhar Reflexivo sobre a Liderança

O conceito de Inteligência Emocional surgiu na década de 1990, quando os psicólogos Peter Salovey e John D. Mayer a definiram como a capacidade de reconhecer, entender e gerenciar as próprias emoções e as dos outros. Daniel Goleman, psicólogo, popularizou a ideia ao argumentar que o sucesso na vida e no trabalho dependia tanto da IE quanto do QI (Quociente de Inteligência).
Essa visão destacou a importância das emoções no ambiente corporativo. Contudo, ao analisarmos esse conceito de forma mais reflexiva, percebemos que a Inteligência Emocional vai além de uma habilidade; ela se torna um compromisso com o bem-estar e a autenticidade dos indivíduos nas organizações.
Na tradição humanista-existencial, a liderança não é apenas um conjunto de técnicas ou competências a serem dominadas, mas uma expressão da autenticidade e responsabilidade da pessoa que lidera em relação ao outro. Nesse contexto, a Inteligência Emocional emerge como um caminho para que os líderes não apenas compreendam suas próprias emoções, mas também reconheçam e respeitem a subjetividade de cada membro de sua equipe. Essa abordagem valoriza a singularidade do indivíduo, promovendo um ambiente onde as pessoas se sintam verdadeiramente ouvidas, compreendidas e apoiadas em suas jornadas pessoais e profissionais.
1. O Que é Inteligência Emocional na Liderança?
No campo da liderança, a Inteligência Emocional vai além de gerenciar emoções; é a capacidade de criar um espaço onde autenticidade e vulnerabilidade são vistas como forças, e não como fraquezas. Líderes com alta IE cultivam uma atmosfera de confiança e abertura, onde os membros da equipe se sentem seguros para expressar suas emoções e compartilhar seus desafios. Isso fortalece os laços dentro da equipe e promove uma cultura organizacional mais saudável e resiliente.
2. Os Quatro Componentes da Inteligência Emocional
Consciência de Si: Numa abordagem reflexiva e humanizada, a autoconsciência é a pedra angular da liderança autêntica. Ela permite que os líderes não apenas reconheçam suas emoções, mas também compreendam suas origens e como elas se conectam com suas experiências e valores mais profundos. Essa perspectiva permite que os líderes ajam de maneira coerente com seus princípios e respondam aos desafios com equilíbrio e reflexão.
Autogestão: Neste contexto, a autogestão vai além do controle de impulsos emocionais. Trata-se de cultivar uma presença calma e centrada, mesmo em meio ao caos, demonstrando uma força regulada emocionalmente que inspira confiança. Líderes que praticam autogestão encontram significado e propósito nas adversidades, transmitindo essa perspectiva e desenvolvendo resiliência em suas equipes.
Consciência Social e Cultural: Entender as emoções dos outros vai além da empatia tradicional; é reconhecer o ser humano completo – suas esperanças, medos, aspirações, e os aspectos sociais e culturais que o definem. Líderes com alta consciência social e cultural conectam-se profundamente com suas equipes, criando relacionamentos baseados na confiança mútua, acolhimento da diversidade e respeito pela individualidade.
Gestão de Relacionamentos: A gestão de relacionamentos, nesse enfoque, é mais do que manter a harmonia na equipe. Trata-se de construir uma comunidade de aprendizado e diálogo dentro da organização, onde as relações são valorizadas e nutridas como parte essencial do sucesso coletivo. Líderes que dominam essa competência criam ambientes plurais, onde a colaboração floresce e cada indivíduo se sente parte de algo maior.
3. Identificando a Falta de Inteligência Emocional
A falta de IE em um líder pode se manifestar de várias formas: explosões emocionais, rigidez de pensamento, falta de empatia e uma tendência a culpar os outros, enfatizando a falha como incompetência, negando oportunidades de aprendizado.
Do ponto de vista humanista-existencial, a verdadeira raiz dessa deficiência está na incapacidade de se conectar com a própria vulnerabilidade e, consequentemente, com a dos outros.
Esses comportamentos minam a confiança da equipe e impedem o líder de criar um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
4. Como a Inteligência Emocional Potencializa a Liderança?
Melhoria na Comunicação: A comunicação permeada pela IE torna-se uma ferramenta para criar diálogos autênticos. Líderes com alta IE não apenas transmitem informações, mas escutam ativamente, criando um espaço onde todos se sentem reconhecidos e compreendidos.
Fomento à Colaboração: A colaboração floresce quando há confiança. A empatia e a compreensão mútua, surgidas da IE, criam um ambiente onde as diferenças são vistas como oportunidades de crescimento, e não como barreiras.
Resolução de Conflitos: Em vez de evitar ou exacerbar conflitos, líderes emocionalmente inteligentes abordam essas situações com uma perspectiva humanista, buscando entender as raízes emocionais do conflito e encontrando soluções que respeitem a dignidade de todos os envolvidos.
Engajamento: A IE cria um ambiente de trabalho onde o bem-estar emocional é uma prioridade. Funcionários que se sentem emocionalmente apoiados são mais engajados, leais e dispostos a dar o melhor de si.
Redução da Rotatividade: A atenção às necessidades emocionais da equipe retém talentos e constrói uma cultura organizacional onde as pessoas desejam estar, permanecer e se desenvolver.
Conclusão e Próximos Passos
A Inteligência Emocional, vista aqui através de um enfoque humanista-existencial, é essencial para uma liderança que valoriza o ser humano em sua totalidade.
Desenvolver essa competência não apenas melhora o desempenho do líder, mas também promove um ambiente de trabalho mais saudável, autêntico e significativo.
Notícias
Recentemente, recebi com alegria o convite da Harvard Business Review (HBR), para integrar o seu Conselho Consultivo, uma das publicações mais respeitadas globalmente em gestão e liderança.
Essa oportunidade fortalece meu compromisso de trazer a você, leitor, conteúdos que não apenas informam, mas que também provocam uma reflexão mais profunda sobre o papel da liderança e da inovação em nossas vidas.
Nesta nova condição, terei a oportunidade de integrar insights globais com uma perspectiva que valoriza o ser humano em toda a sua complexidade, oferecendo a você uma visão mais holística e enriquecedora.
Se este boletim fez sentido para você, compartilhe suas reflexões sobre a importância da Inteligência Emocional na liderança. Como você vê esse processo em seu ambiente de trabalho?
Convido você a seguir minha página para continuar explorando temas sobre liderança, psicologia e desenvolvimento pessoal, sempre com uma perspectiva humanista e existencial.
Obrigado.
Marcos Marinho
-
Saúde mental no trabalho

Nos últimos anos, a discussão sobre saúde mental no ambiente de trabalho tornou-se um tema central em muitas organizações ao redor do mundo. Essa mudança é impulsionada por um crescente reconhecimento de que a saúde mental não só impacta o bem-estar individual, mas também a produtividade e o sucesso organizacional.
A pesquisa “The 2023 State of Workplace Mental Health” revelou que 50% dos profissionais globalmente enfrentam altos níveis de estresse, ansiedade e burnout. Isso ressalta a necessidade urgente de criar ambientes de trabalho mais saudáveis e de oferecer suporte adequado aos colaboradores.
A crise de saúde mental no trabalho
O ambiente de trabalho pode ser um terreno fértil para o desenvolvimento de problemas de saúde mental. Exigências excessivas, falta de controle sobre o trabalho, pressões para equilibrar vida pessoal e profissional, e ambientes de trabalho tóxicos são apenas alguns dos fatores que contribuem para isso.
Se analisarmos a pesquisa mencionada anteriormente, vemos que a pandemia de COVID-19 exacerbou esses problemas, trazendo à tona uma crise de saúde mental que já estava em curso.
A importância do suporte mútuo
Ninguém enfrenta sozinho os desafios de um eventual declínio da saúde mental, não é uma solução que deva ser vista como algo individual ou isoladamente do contexto mais amplo do mundo do trabalho e dos impactos da tecnologia a ele associados.
Buscar e oferecer suporte é fundamental, tanto dentro quanto fora do círculo de convivência profissional. Encontrar apoio entre colegas, amigos, familiares ou pessoas de confiança pode ser vital, proporcionando um espaço de escuta empática, aconselhamento e encaminhamento para ajuda especializada.
Simultaneamente, oferecer suporte e apoio aos outros é igualmente importante. No ambiente de trabalho, verificar regularmente o bem-estar dos colegas, demonstrar empatia, fornecer orientações e recursos, e encaminhá-los para serviços de saúde mental ou profissionais de saúde são ações que fazem a diferença.
A criação ou participação em grupos de apoio permite a troca de experiências e desafios, promovendo aprendizado mútuo e um senso de comunidade.
Implementando suporte no local de trabalho.
Para o suporte ser eficaz, é necessário que as empresas adotem algumas práticas que julgo serem essenciais:
1. Educação e Treinamento: Oferecer treinamentos regulares sobre saúde mental para todos os níveis da organização, ajudando a identificar sinais de problemas e a tomar medidas apropriadas.
2. Cultura de Apoio: Fomentar uma cultura onde falar sobre saúde mental não seja um tabu ou estigma. Isso inclui incentivar a comunicação aberta e a empatia.
3. Recursos Adequados: Garantir que os funcionários tenham acesso fácil a recursos de saúde mental, incluindo sessões de terapia, linhas de apoio e programas de assistência ao empregado (EAPs).
4. Flexibilidade: Implementar políticas de trabalho flexíveis que permitam aos funcionários equilibrar melhor suas vidas pessoais e profissionais, reduzindo o estresse e aumentando a satisfação no trabalho.
5. Avaliações Regulares: Realizar pesquisas regulares de clima organizacional para entender melhor as necessidades dos funcionários e ajustar as políticas de saúde mental conforme necessário.
Essa abordagem está enraizada na compreensão de que a saúde mental é uma jornada e um compromisso coletivo e que nossa capacidade de enfrentar adversidades é amplificada pelo apoio recíproco.
Em um mundo interconectado, reconhecer e responder às necessidades de saúde mental, tanto próprias quanto alheias, é um ato de responsabilidade e cuidado mútuo.
E, ao implementar essas estratégias, as organizações não apenas melhoram o bem-estar de seus funcionários, mas também colhem os benefícios de uma força de trabalho mais engajada, produtiva e resiliente.
Saiba mais:
Referência
Spring Health. (2023). The 2023 State of Workplace Mental Health: New Challenges & Best Practices. Retrieved from [Spring Health](https://www.springhealth.com)
-
A Essência de uma Carreira Significativa.

Por Marcos E F Marinho
Desta vez, trago algumas questões sobre as vidas que tecemos através das escolhas profissionais que fazemos. Hoje, exploramos três importantes pilares para qualquer jornada profissional: valores, paixão e propósito.
Valores: Coerência consigo mesmo
Valores são mais do que palavras elegantes em uma sessão de coaching; são o solo fértil onde as raízes da sua carreira crescem. Quando suas ações refletem seus valores, cada dia de trabalho se enche de significado. Pergunte-se: quais valores estão guiando minha carreira hoje? Viktor Frankl, em sua logoterapia, enfatizava a importância de encontrar sentido nas nossas ações diárias como um componente essencial para uma vida significativa. Os valores funcionam como a bússola interna que orienta nossas decisões e nos mantém alinhados e coerentes em nossas ações.
Paixão: O que nos move
Paixão é o que nos faz ficar até tarde quando todos já foram para casa, não por obrigação, mas por amor ao que fazemos. Ela é o motor que nos impulsiona a explorar, criar e inovar. Mais do que isso, é o que nos ajuda a persistir nos momentos de desafio. Quando estamos verdadeiramente apaixonados por nosso trabalho, a inovação flui naturalmente e os obstáculos se tornam desafios estimulantes.
Propósito: Sentido e direção
Ter um propósito é possuir um mapa para sua jornada. É o que dá sentido à luta, que nos faz levantar depois de cada queda, apontando para o verdadeiro norte que é a nossa missão de vida. Como está o alinhamento entre o seu trabalho atual e seu propósito de vida? Frankl sugere que a busca pelo significado é a força motriz mais profunda do ser humano, e encontrar um propósito claro pode transformar a nossa existência.
Os Desafios do Alinhamento
Alinhar valores, paixão e propósito é uma dança complexa e nem sempre harmoniosa. Desalinhamentos são comuns e podem ser fonte de desconforto e ansiedade. No entanto, são também oportunidades raras de realinhamento e crescimento pessoal. É muito importante a busca por viver autenticamente e compreender o impacto negativo que o desalinhamento entre quem somos e como vivemos pode ter sobre nossa saúde mental.
Além dos Clichês
Muitas vezes, conceitos como “siga sua paixão” são vistos como frases feitas ou modismos. No entanto, quando vividos com sinceridade, esses elementos podem transformar completamente a nossa existência profissional. A perspectiva existencial enfatiza a importância da autenticidade e da liberdade individual em moldar nossa própria vida. A paixão, quando genuína, não é um clichê, mas uma força vital que nos impulsiona para além das convenções.
A Jornada é Pessoal e Única.
Encarar essa busca não como uma receita pronta, mas como uma viagem de descoberta sobre quem somos, quais batalhas vale a pena lutar, que legado queremos deixar, é o que dá valor verdadeiro a qualquer carreira. Lembremos que o sentido da vida é específico para cada indivíduo e deve ser descoberto em suas circunstâncias únicas.
Conclusão
Este é um convite para uma reflexão profunda sobre como você pode moldar uma carreira que não apenas o sustente financeiramente, mas que também alimente sua alma e expanda seu ser. Discutamos nos comentários: como você tem alinhado seus valores, paixões e propósitos em sua carreira? Existem lutas ou sucessos que gostaria de compartilhar?
-
Pensamento Crítico: Como filtrar informações e evitar desinformação
A Capacidade de Filtrar Informações e a Importância do Pensamento Crítico Atualmente.

Foto de Matilda Wormwood:
Atualmente, a habilidade de filtrar informações relevantes e aplicar um pensamento crítico para avaliar a veracidade e a importância do que é consumido tornou-se essencial e estratégica.
Vivemos em um mundo inundado por dados e opiniões, onde não basta simplesmente receber e aceitar informações; é necessário desenvolver uma postura analítica que questione e verifique as fontes, compare diferentes perspectivas e compreenda o contexto.
O avanço tecnológico e a proliferação das redes sociais transformaram radicalmente como nos comunicamos e consumimos informações. Essa revolução digital trouxe uma avalanche de conteúdo que pode ser tanto informativo quanto enganoso. A capacidade de discernir entre o que é verdadeiro e o que é falso é vital para evitar a desinformação e tomar decisões mais informadas e conscientes.
Este processo de filtragem e análise crítica é contínuo e exige um compromisso com o aprendizado e a adaptação. A verdade, muitas vezes, é complexa e multifacetada, e nossa compreensão dela deve evoluir à medida que novas evidências e insights surgem. Desenvolver essa habilidade envolve a prática constante de questionar e verificar, buscando sempre uma compreensão mais profunda dos assuntos que nos impactam.
O pensamento crítico não é apenas uma ferramenta para evitar a desinformação; é também um meio de fortalecer nossa autonomia intelectual. Ao questionar as informações que recebemos, nos tornamos menos vulneráveis a manipulações e mais capazes de formar opiniões baseadas em evidências. Isso nos empodera a participar de debates de forma mais consciente e responsável.
A prática do pensamento crítico começa com a identificação de fontes confiáveis. Em um cenário onde as fake news se proliferam com facilidade, é fundamental saber onde procurar informações precisas e bem fundamentadas. Instituições acadêmicas, publicações científicas e veículos de imprensa com reputação sólida são bons pontos de partida. Contudo, mesmo nessas fontes, é importante manter uma postura crítica e verificar múltiplas fontes antes de formar uma opinião definitiva.
Comparar diferentes perspectivas também é parte da tarefa de analisar e pensar criticamente sobre as informações e conteúdos que chegam diariamente até nós. Muitas vezes, os temas complexos têm múltiplas facetas que só podem ser compreendidas completamente ao considerar diversos pontos de vista. Essa abordagem permite uma visão mais equilibrada e reduz o risco de parcialidade.
Entender o contexto é igualmente importante. Informações descontextualizadas podem ser facilmente distorcidas e utilizadas para enganar. Portanto, sempre que possível, devemos nos esforçar para compreender o cenário completo em que uma informação está inserida, avaliando os antecedentes históricos, culturais e sociais que influenciem a interpretação dos dados.
Ademais, a habilidade de filtrar informações relevantes e pensar criticamente tem implicações práticas significativas em nossa vida cotidiana. Ela nos ajuda a tomar decisões mais bem informadas, seja na escolha de produtos e serviços, na compreensão de questões políticas e sociais, ou na administração de nossas finanças pessoais.
Em última análise, a prática contínua do pensamento crítico e da filtragem de informações nos permite navegar melhor em um mundo complexo e em rápida mudança. Nos torna cidadãos mais informados e ativos, capazes de contribuir de maneira significativa para a sociedade. Nos possibilita promover uma cultura de pensamento crítico, influenciar positivamente aqueles ao nosso redor e ajudar a construir uma comunidade mais consciente e menos sujeita a manipulações e desinformação.
Concluindo, a capacidade de filtrar informações e aplicar um pensamento crítico é mais do que uma habilidade; é uma necessidade no mundo moderno. Desenvolver essa competência exige esforço e dedicação, mas os benefícios são imensos. A busca pelo pensamento crítico não apenas permite que evitemos a desinformação, mas também fortalece nossa capacidade de tomar decisões conscientes e informadas, contribuindo para uma sociedade mais esclarecida e democrática.
-
7 Sinais de que é Hora de Consultar um Psicólogo: Guia para a Saúde Mental

A decisão de buscar ajuda profissional marca um momento decisivo na jornada do autoconhecimento e do autocuidado. Reconhecer os momentos certos para procurar um psicólogo qualificado, capaz de oferecer uma escuta atenta e profunda sobre questões que escapam à nossa compreensão imediata, é fundamental. Aqui estão sete sinais que indicam quando é o momento de buscar apoio:
- Escute os Sinais do Seu Corpo e Mente: O corpo nos comunica através de sintomas como ansiedade, estresse e depressão, indicando a necessidade de explorar questões mais profundas. A mente, por sua vez, sinaliza através de desconforto emocional a necessidade de mudança ou de enfrentamento de realidades ocultas.
- Conflitos de Relacionamento como Reflexos da Alma: Os relacionamentos, sejam pessoais ou profissionais, muitas vezes refletem aspectos nossos que precisamos entender e aceitar. Eles são cruciais para o crescimento pessoal, especialmente com a orientação de um psicólogo clínico.
- Transições de Vida e as Oportunidades de Renascimento: Mudanças significativas, como uma nova carreira, mudança de país, ou alterações na dinâmica familiar, são momentos de reavaliar valores e propósitos, incentivando-nos a reescrever nossas histórias com nova compreensão sobre nós mesmos e o mundo.
- A Jornada pelo Autoconhecimento: Explorar o próprio interior é uma das mais nobres empreitadas, permitindo uma conexão mais profunda com nossas paixões, medos e desejos. O autoconhecimento abre caminho para a liberdade emocional e a autenticidade, vitais para uma vida plena.
- A Necessidade de Explorar o Inominável: Sensações vagas, porém persistentes, de que algo está “fora do lugar” convidam para uma exploração mais aprofundada de nossos pensamentos e emoções, revelando aspectos ocultos de nosso ser.
- O Processo de Luto e Perda: Enfrentar perdas requer um espaço seguro para processar e integrar tais experiências. O luto, embora profundamente pessoal, não precisa ser enfrentado sozinho.
- Comportamentos que Pedem um Olhar Cuidadoso: Manifestações como transtornos alimentares, obsessões e fobias são sintomas de conflitos internos que necessitam de compreensão e resolução, abrindo portas para novas dimensões de liberdade e bem-estar.
Procurar a orientação de um psicólogo é um ato de coragem e amor-próprio, um convite para iniciar uma transformação pessoal rumo a uma vida mais rica e autêntica. Agendar uma consulta é o primeiro passo para cuidar de si mesmo, das suas relações e do mundo à sua volta. Lembre-se: cada indivíduo carrega um universo de possibilidades, muitas das quais podem ser descobertas e realizadas através do encontro consigo mesmo, mediado pelo olhar atento de um profissional. Cuide da sua saúde mental com o mesmo zelo e dedicação dedicados à saúde física, pois ambas são essenciais para uma vida satisfatória.
-
Responsabilidades, Demandas e Consciência de Si.
Newsletter

Enxaquecas, úlceras, ataques de pânico e até morte prematura. Esses são os males que podem acometer pessoas com altos níveis de responsabilidade e expostos 24/7 a demandas, pressões e exigências incessantes.
Isto envolve principalmente os CEOs e líderes, mas sabemos dos impactos em toda a estrutura de gestão de empresas e organizações, independente de seus tamanhos e estruturas.
A pressão por resultados, a competição acirrada e a busca por equilíbrio entre vida profissional e pessoal contribuem para o estresse e o esgotamento desses profissionais.
Mas por que, então, tantas pessoas ainda almejam essas posições de comando e liderança? Será que o status e o dinheiro compensam os riscos à saúde e à felicidade? Qual é o propósito que nos impulsiona a querer assumir posições desta natureza?
Essas indagações, fundamentais para definir nossas prioridades e limites, transcendem o mero aspecto profissional. Devemos ser claros quanto aos nossos valores, objetivos e expectativas, resistindo aos impulsos internos e apelos vindos, muitas vezes, de uma ambição desmedida e vaidosa.
Por outro lado, podemos considerar legítimos, os anseios por crescimento e os sentimentos de fazer a diferença, de atingir metas e superar desafios pessoais e profissionais.
A questão é, se isto pode ser possível, com equilíbrio e de modo autêntico respeitando a si e aos outros no processo.
E uma das primeiras expressões de equilíbrio e cuidado de si seja o desenvolvimento da habilidade de dizer não, delegar tarefas e reservar tempo para experiências para além da vida profissional.
Podemos começar a prestar mais atenção no modo como lidamos com nossas emoções e as emoções dos outros.
A capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as emoções, pode ser a base para a construção de um ambiente saudável e produtivo para si e aos que estão ao seu redor.
Aprender a utilizar uma comunicação eficaz e não violenta, metodologias de resolução assertiva de conflitos e ações que inspiram os outros pelo exemplo são frutos dessa competência.
Mas podemos avançar mais, reconhecendo a importância da aprendizagem contínua, ainda mais no momento de alta complexidade de cenários tão voláteis, e isso vale para os jovens líderes, tanto quanto, para os líderes seniores, o que exige uma boa dose de humildade, aceitando que nosso conhecimento atual pode não mais ser suficiente para os desafios de um mundo em mudança.
Outro ingrediente que pode estar escasso, a generosidade, ou seja, o reconhecimento do esforço próprio e alheio, a comemoração de metas alcançadas e a partilha de histórias inspiradoras que podem fortalecer o vínculo entre equipe e líder.
Então, recarregar energias, exercitar uma abordagem bem humorada das situações e aumentar a produtividade, de modo inteligente e prático, são benefícios diretos desse equilíbrio, acrescentando a importância de práticas saudáveis e momentos de lazer que tragam relaxamento e descompressão.
Ter uma visão clara do futuro, aprendendo a reconhecer os seus sinais, comunicando-o de forma inspiradora e convincente, é a base para engajar equipes e prepará-los para os grandes desafios no mundo do trabalho atual e alcançar resultados significativos.
Estar em cargos de liderança e chefia, não precisa ser vivida com uma questão de vida ou morte, uma guerra. Mas pode ser experienciada como uma vivência significativa e plena de realizações, pode ser equilibrada e inspiradora para todos que estão ao seu redor ao mesmo tempo que gera resultados objetivos.
Basta cultivar a consciência de si, a partir de algumas premissas sugeridas acima, buscando sempre equilíbrio e comprometimento, lembrando que podemos tornar nossa vida inspiradas por um propósito maior, expressas tanto na vida profissional quanto nas experiências pessoais.
DICAS PRÁTICAS
Reflexões sobre Responsabilidades e Equilíbrio
A busca por posições de liderança muitas vezes é acompanhada por desafios significativos para nossa saúde e felicidade. No entanto, o propósito por trás dessas ambições merece uma análise cuidadosa. Como podemos encontrar equilíbrio entre nossas aspirações profissionais e nosso bem-estar pessoal?
- Pratique o Poder do “Não”: Aprenda a definir limites e prioridades, dizendo não a tarefas que não contribuem para seu bem-estar ou objetivos.
- Invista em Autocuidado Diário: Reserve tempo para atividades que promovam relaxamento e recarreguem suas energias, como meditação, exercícios físicos ou hobbies.
- Desenvolva Habilidades de Comunicação e Gestão Emocional: Aprimore sua capacidade de compreender e gerenciar suas próprias emoções, bem como as emoções dos outros, criando um ambiente saudável e produtivo.
- Promova a Generosidade e Reconhecimento: Reconheça o esforço próprio e de seus colegas e sua equipe, celebrando conquistas e compartilhando histórias inspiradoras que fortaleçam o vínculo entre todos.
- Mantenha uma Visão Clara do Futuro: Esteja aberto à aprendizagem contínua e inspire sua equipe com uma visão inspiradora e convincente do futuro.
Dica de Obra de Arte: “Equilíbrio” de Wassily Kandinsky

Wasily Kandinsky — Composition VIII, 1923 — óleo sobre tela — 140,3 x 200,7 cm — Solomon R. Guggenheim Museum, New York “Equilíbrio” é o título de uma série de pinturas que Kandinsky fez entre 1923 e 1933, inspirado pela teoria das cores, pela música e pela geometria.
Uma das obras mais famosas dessa série é a “Composição VIII”, que está no Museu Guggenheim de Nova York.
Nessa pintura, Kandinsky combinou aspectos do expressionismo, do cubismo e do construtivismo, buscando um equilíbrio entre a forma e a cor.
DICA DE SÉRIE
“Chef’s Table” é uma série documental da Netflix que conta a história de vida de chefs renomados mundialmente, e mostra como eles redefinem a gastronomia com pratos inovadores e sobremesas tentadoras.
PLAYLIST ESPECIAL
E para você que chegou até aqui, uma playlist especial para lhe inspirar em tua jornada ou para descomprimir em meio a rotina.
Playlist ANf = Sr. Marinho
Agradeço a todos os leitores pela sua dedicação à busca por um equilíbrio mais profundo e significativo em suas vidas.
Que as reflexões e práticas compartilhadas nesta newsletter possam inspirá-los a alcançar uma liderança autêntica, inspiradora e uma vida plena com equilíbrio.
Atenciosamente,
Marcos Marinho
-
IA Centrada no Ser Humano.
Uma Reflexão sobre o Futuro do Trabalho.

Ao longo dos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA), especialmente a IA generativa, tem se tornado um ponto central nas conversas, nos eventos empresariais e no mundo acadêmico.
Aqui traremos alguns pontos de reflexão sobre como poderíamos construir um conceito de “IA centrada no ser humano” e as possíveis implicações no interior das organizações e instituições atuais e no futuro não tão distante.
IA Centrada no Ser Humano: Mais do que Algoritmos
A IA centrada no ser humano não deve se limitar apenas a modelos de linguagem e dados. Ela pode e deve se estender aos arranjos sociais necessários para incorporar a IA no cotidiano de pessoas e instituições. Numa abordagem que deve visar, antes de tudo, aumentar e desenvolver as capacidades humanas, em vez de substituí-las.
O medo em torno da IA no local de trabalho, muitas vezes ligado à ameaça de perda de empregos, pode ser superado se predominar a ideia de que uma adoção local da IA pode aprimorar as habilidades das pessoas, em vez de substituí-las.
Mudanças nas Ocupações: Lições do Passado
Olhando para décadas atrás e refletindo sobre as mudanças nas ocupações ao longo do tempo, podemos traçar um paralelo, por exemplo, com a ascensão das tecnologias digitais na década de 1990.
As previsões catastróficas de perda de empregos naquela época não se concretizaram da maneira prevista, o que pode nos sugerir que as mudanças nas ocupações serão profundas, mas não serão necessariamente traduzidas em perda generalizada de empregos.
Superando a Resistência com Design Empático.
Se pensarmos que, se a adoção da IA generativa no local de trabalho, garantir a ênfase no aprimoramento das capacidades humanas e na criação de interfaces, empáticas e amigáveis, as naturais resistências a sua adoção podem ser superadas.
Essa abordagem, digamos, mais empática, que visa auxiliar as equipes a atingir melhor seus objetivos, pode ser a chave para superar o medo e o ceticismo e facilitar a sua adoção.

Identidade Profissional e Cultura Organizacional na Era da IA
Podemos expandir a reflexão para a identidade profissional, especialmente em campos criativos, onde os profissionais podem perceber algoritmos como complementos para a imaginação humana.
A importância da evolução da identidade profissional em face das mudanças provocadas pela IA podem ser desenvolvidas e aprimoradas, por exemplo, nos modos como os profissionais da moda ou das artes podem e conseguem integrar habilidades analíticas com sua paixão e seus processos criativos.
Desafios Éticos e a Necessidade de Equilíbrio
As questões éticas e de regulação, como a vigilância e a gestão algorítmica, devem ser debatidas, sublinhando a importância de equilibrar os benefícios da IA com considerações do campo da privacidade.
Do ponto de vista do desenvolvimento e da aprendizagem, pode ser preocupante a possibilidade de ocorrer uma espécie de depreciação da experiência humana e de falta de oportunidades para aprender com falhas, isto é um risco a ser considerado, por isso a importância de encontrar o mais rápido possível um equilíbrio entre a assistência da IA e o desenvolvimento contínuo de habilidades humanas, por meio de processos pedagógicos que considerem o modo como os indivíduos constroem conhecimentos e os aplicam.
O Caminho a Seguir: Uma Perspectiva Centrada no Ser Humano
A velocidade da implementação não deve comprometer o foco nas capacidades humanas e sua centralidade. A busca pela automação deve ser acompanhada por uma avaliação contínua e permanente sobre o impacto na identidade profissional das pessoas, nas carreiras, nas profissões e na cultura organizacional.
Construindo um Futuro Sustentável com a IA
O nosso tempo nos convoca para um diálogo, na construção de uma visão abrangente e reflexiva sobre a interseção entre IA e seres humanos.
Temos um enorme desafio de moldar um futuro aonde a IA não apenas automatize tarefas, mas sirva para aprimorar nossa experiência, preservar e desenvolver nossa identidade pessoal e profissional e cultive uma cultura organizacional que valorize a empatia, a curiosidade criativa e a inovação.
Logo, adotar uma abordagem centrada no ser humano não é apenas uma escolha ética, mas também uma estratégia para construir instituições e organizações mais sustentáveis e adaptáveis as transformações, que considere as singularidades e contextos.
À medida que avançamos nessa conversa, ainda inicial, sobre os sentidos que a IA podem adquirir em nosso tempo, o que temos por hora é a busca, num equilíbrio delicado e sensível entre automação e humanidade, esse debate será decisivo na modelagem do futuro do trabalho e das relações sociais e econômicas na totalidade.
