Conteúdo escrito originalmente no site As Novas Formas.

Não basta, é claro, apenas desconectar dos ruídos ao redor. É uma questão mais profunda do que simplesmente desativar as redes sociais ou buscar a serenidade da vida no campo no feriado, ou final de semana.
A verdade é que, mesmo quando fugimos das grandes cidades e da agitação das nossas rotinas e responsabilidades, ainda pode haver um ruído persistente.
Este ruído não provém somente do mundo exterior, mas de nossa interioridade, por assim dizer.
São os fluxos de pensamento que nos vem em forma de dúvidas, de preocupações gerando ansiedade e inquietação, tomam forma de um monólogo incessante, um fluxo constante de preocupações, questionamentos e negatividade.
Os estoicos sabiam, muito bem, que alcançar a ataraxia, um estado de tranquilidade e paz, não se resumia a controlar somente o mundo exterior.
Era necessário também cultivar uma calma interior, uma habilidade para reconhecer os padrões destrutivos dos nossos próprios pensamentos e de algum modo, interrompê-los.
Podemos aprender através da prática da meditação, no processo de escrever em um diário, dentre outras formas.
Construir um caminho de compreensão de que não precisamos nos identificar com todos os pensamentos que surgem; podemos, simplesmente, observá-los, permitindo que fluam sem nos criar perturbação e inquietude.
Podemos ouvi-los sem realmente escutá-los.
Esse exercício de busca pelo silêncio e quietude não se encontra por meio de fugas para locais idílicos ou da tentativa de eliminar todas as pressões externas. É, primordialmente, uma jornada interior e um exercício que requer prática e repetição.
É um desafio sobre o modo como nos relacionamos com o fluxo incessante de pensamentos, não somente contra o barulho e agitação que reina no mundo ao nosso redor. E é justamente por essa razão que podemos realizar algo a respeito.
Desligar-se do tumulto do mundo é um passo, mas há uma transcendência possível quando aprendemos a silenciar o turbilhão interior. O resultado, ao menos por algum tempo, a serenidade se instaura e a paz floresce, independentemente das agitações do mundo.
Como já é tradição por aqui e um compromisso que assumi de trazer dicas práticas e possíveis de serem implementadas em meio a rotina do trabalho e das responsabilidades, trago três sugestões de práticas diárias que podem lhe ajudar a cultivar o silêncio interior e a quietude para buscar um equilíbrio em meio ao fluxo incessante de pensamentos e preocupações:
– Meditação da Observação: Reserve um tempo todas as manhãs para se sentar em um lugar tranquilo. Feche os olhos e direcione sua atenção para a respiração. À medida que inspira e expira, observe os pensamentos que surgem em sua mente sem julgamento. Permita que eles venham e vão, como nuvens passando pelo céu. Essa prática ajuda a desenvolver a habilidade de observar os pensamentos sem se apegar a eles, permitindo que se dissolvam naturalmente.
– Diário de Reflexões: Reserve alguns minutos todas as noites para escrever em um diário. Anote as preocupações, as dúvidas e os sentimentos que surgiram durante o dia. Ao fazer isso, você externaliza seus pensamentos, dando-lhes uma forma tangível. Isso não apenas ajuda a liberar emoções, mas também oferece uma oportunidade para analisar e desafiar padrões de negativos de pensamento.
– Momentos de Apreciação: Ao longo do dia, pare por um momento para focar na apreciação. Pode ser algo simples, como a beleza de uma flor, a gentileza de um colega de trabalho ou um momento de paz ao ar livre.
Enquanto observa essa coisa ou momento, permita que todos os pensamentos intrusivos se afastem. Sintonize-se com a sensação de gratidão e serenidade que isso evoca. Praticar a apreciação ajuda a mudar o foco dos aspectos negativos para os positivos da vida.
Se você preferir iniciar essas práticas acompanhada de músicas que tragam relaxamento, segue abaixo o link da nossa playlist da semana.
PLAYLIST DA SEMANA – POR UM POUCO DE PAZ

Essas músicas oferecem uma atmosfera serena e relaxante, ideal para momentos de meditação e para acalmar a mente. Ajuste o volume de acordo com suas preferências pessoais, de modo que a música atue como um suave acompanhamento para o seu período de reflexão.

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