A hiper-vigilância no ambiente profissional, tema abordado com precisão no artigo “3 Ways to Temper Your Hypervigilance at Work” de Tanvi Gautam, publicado na Harvard Business Review, toca em uma questão importante para o mundo corporativo contemporâneo: o impacto das respostas automáticas de defesa em nossa capacidade de colaboração e crescimento.

Este estado de alerta constante, inicialmente uma defesa para garantir controle e segurança, muitas vezes se transforma em uma barreira para a criatividade e a construção de relacionamentos de confiança, afastando-nos de nosso próprio potencial.

Gautam ilustra essa dinâmica ao apresentar os casos de Lin e Josh. Ambos profissionais talentosos, mas que acabam limitados por suas reações a momentos de imprevisibilidade e confronto.

Lin, tecnicamente impecável, congela em apresentações quando se depara com perguntas inesperadas. Já Josh, um líder ambicioso, responde com rigidez e defensividade a qualquer crítica, tornando-se inflexível em situações onde seria importante buscar apoio e diálogo.

São respostas quase instintivas, fruto de uma hiper-vigilância que, no entanto, ameaça as relações e compromete o desempenho coletivo​.

A reflexão sobre essas reações nos leva a questionar até que ponto estamos permitindo que esse alerta automático limite nossas ações e nossa voz no ambiente de trabalho.

Aprender a reconhecer e reconfigurar esses padrões exige uma abordagem focada em inteligência emocional e autoconhecimento – um processo que pode ser iniciado com o simples hábito de observar e entender os próprios gatilhos emocionais.

Para Lin, essa consciência poderia significar a construção gradual de uma segurança que permite acolher a imprevisibilidade. Para Josh, um exercício de flexibilidade, onde o objetivo não é provar-se o mais inteligente, mas construir alianças que fortaleçam o grupo.

Ao nos conscientizarmos sobre como nossos instintos reativos afetam as relações e o potencial de trabalho coletivo, abrimos espaço para uma atuação mais equilibrada e autêntica.

Convido você a ler o artigo completo de Gautam para aprofundar-se nessas práticas e a refletir sobre o poder transformador do autoconhecimento no ambiente profissional.

Afinal, o nosso crescimento começa quando saímos de uma postura de defesa pelo estabelecimento do diálogo e da escuta atenta.



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